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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Livro "O Pescador" - Marcello Silva

Assinei, recentemente, um contrato com a Chiado Editora, a maior editora em língua portuguesa do mundo, para publicação e comercialização do livro de poesias e crônicas “O Pescador”. O projeto do livro já estava em andamento, entretanto, para uma produção independente. Com o ‘okay’ da Chiado a obra ganha nova roupagem.

A primeira edição é de 1.000 exemplares, sendo que a venda e distribuição de 200 unidades ficarão por conta do autor e os demais por conta da editora, disponibilizados em várias plataformas de venda: sites, livrarias, etc.

As ilustrações da obra será do artista plástico chavalense Frank Carneiro. Quanto ao prefácio ficará por conta da professora Fátima Oliveira que definiu a obra assim: “... a ousadia presente em cada poema estimula também, o pensamento e o desejo juvenil de quem o ler, são desejos de amar, de se apaixonar, proporciona sentimentos exagerados a ponto de excitar a vida e suas aventuras, sobretudo a vontade de vivê-la...”

Sobre o autor: 

Marcello Silva é bacharel em Contabilidade pela Universidade Federal do Piauí e blogueiro. Nasceu na Zona Rural de Chaval/CE, na Fazenda Poção. Começou a rascunhar poesia no ensino fundamental ao observar, nos livros didáticos, os poemas dos grandes mestres da literatura mundial. 

É filho de agricultores e morou na zona rural ate aos vinte anos, onde aprendeu a observar a natureza e pescar a poesia de seu silencio.


Sobre a editora:

A Chiado Editora é especializada na publicação de autores portugueses e brasileiros contemporâneos, sendo neste momento a maior editora em Portugal neste segmento, e uma das editoras em maior crescimento no Brasil. Em pouco mais de sete anos de existência, a Chiado Editora revolucionou o mercado do livro em língua portuguesa, editando mais de 1000 novos títulos por ano 

Texto aliciante: 

Palavras pescadas do âmago da rotina, sob uma óptica poética peculiar. O autor põe em suas metáforas, uma intensidade e uma verdade que chega a transbordar, pelas páginas, uma vontade de sermos o próprio texto.

Desde os devaneios de suas paixões, passando pela saudade da terra natal, até ao contexto social político, O Pescador navega em uma poesia bruta e sutil. Paradoxo? Simetria, talvez.

Ler esta obra é se apaixonar pela simplicidade que as metáforas ainda pode nos provocar na alma.

Welligton Magalhães – Site Chavalzada



Links: 



A última quimera

Engana-se quem pensa que o respirar seja o último ato de vida. Há tantas formas, horripilantes de morrer, mas, certamente a mais desgraçada seja aquela em que, ainda, é fogosa a respiração e os ‘sentidos’ biológicos permaneçam em pleno funcionamento.


Morre, miseravelmente, aquela insana criatura que já não mais sonha, que não tem algo pelo qual esperançar. Morre lentamente o homem que não rir da insignificância; das metáforas; das rosas; das pedras... Do silencio até. Morre aquele cujo infinito agora é um amigo estranho de face fugidia. Morre em desventura, o ser infame que não sonha com a possível glória do amanhã. 

Morre, diariamente, milhares desses indivíduos e que, como zumbis, perambulam sobre a existência. Se não sonhas, se não acreditas, se não tem esperança, então não vives! Lamento dizer... Corpos ambulantes cujas almas exalam mau cheiro pela face da terra.

A esperança é a última quimera e ela sobrevive ao homem. O corpo se vai, mas, ela sobreviverá nos sonhos de outrem.




O Pescador - Chaval, junho de 2015

As três meninas

Não sei qual das três é a mais menina, tão faceiras assim, como poderei diferencia-las? Três mulheres e algo em comum, não sei é a “covinha” do rosto ou o jeito simples de andar. As duas meninas menores é a quarta geração, contada a partir da menina maior. Entretanto, entre elas, duas outras gerações de ‘Marias’ completa o ciclo.


Quantas mudanças nesse, quase, um século de diferença entre elas. No entanto, alguma coisa permanece como sempre e sempre permanecerá assim. E como permitir um diálogo entre elas sem notar o choque de geração? Inevitável. Uma faz paçoca de torresmo no pilão de pau d’arco e as outras ingerem achocolatado industrializado; uma brincou de boneca-de-pano e a outras duas brincam em aplicativos de tablet e smartphones; uma não teve oportunidade de estudar, as outras já querem aprender inglês.

Mundo, vasto mundo, em que volta agora tu estás?! A menina mais velha transborda sabedoria, as meninas mais novas tem sede de conhecimento. Como chegar a um acordo ou o que dizer a elas? Não, é São Jorge matando o dragão! Não, são crateras causadas por meteoritos! Sim, lobisomens existem! Não, lobisomens não existem, isto é lenda!

Enquanto isto, degusto meu café feito por uma das ‘Marias’, cuja essência, é repassada de geração em geração do princípio à eternidade...


*Dedicado a Maria da Conceição, Maria Cecília e Alessandra