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quinta-feira, 29 de maio de 2014

É o que é


Sento no poema como numa cadeira de balanço,
degusto o aroma da tarde
e as revoadas dos pássaros cegos

Longe do que vejo
coisas acontecem
porem, o que importa pois,  o acontecer
das coisas?

Como o estreito e apressado córrego que passa,
a vida passa
sem me dizer quem sou ou o porquê de se
indagar tudo isso.

O que é o poema?
O que é a tarde?
A coisa..
O que é a vida?
 
Texto: Marcello Silva
Foto: Porto das Barcas. Parnaíba/PI

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Nostalgia


(á D.S.C)

A saudade bateu a minha porta
Entrou devagarzinho
Sem pedir licença alguma
Trouxe-me teus sussurros
E a suavidade daquele último beijo.
Expulsou-me de mim
E com a minha alma fez seu casulo
Marcello Silva - PHB 2014

Meios de camunicações X Verdades

Hoje, com o advento da globalização, os meios de comunicações são extremamente importantes para o desenvolvimento cultural da sociedade moderna, com rapidez em informações diversas, tornando o mundo em uma “ilha global”. Entretanto, será que esses meios informativos dizem a verdade? Querem de fato, informar e promover a cultura veridicamente
Nem tudo que é dito ou escrito é verdade, há contido, muitas vezes, uma massa de interesse nas informações transmitidas. Os grandes veículos de informações são patrimônios privados e como tais precisam de lucros para se manterem. Nesse constante jogo de interesse e troca de favores, a verdade pode ser distorcida, resumida ou mal interpretada, passando à sociedade a visão de apenas um indivíduo ou grupo social sobre um determinado assunto ou acontecimento.
Alguns meios de comunicação se apegam a coisas desnecessárias ou ditas imorais aos costumes da sociedade, somente porque tais coisas dão mais publico e consequentemente mais lucro.
A televisão, assim como a internet, tem um grande poder persuasivo sobre seus respectivos públicos, ajudando-os ou manipulando-os na formação de suas opiniões, fazendo com que eles sigam o modelo ditado pela mídia.
Assim a mídia vende seus produtos; divulga suas teses; elege seus políticos e dita a moda do consumismo em um eloqüente jogo de marketing que impinotiza os indivíduos. Entretanto, devemos ter consciência crítica sobre as informações repassadas e o poder de decisão sobre o que devemos e o que queremos absorver para nossa formação cultural, intelectual e pessoal.

Enfim, vote no Zezin

2014 é ano de eleições nacionais e nesta festa da “democracia” brasileira serão eleitos deputados(as), governadores(as), senadores(as) e um(a) presidente, os quais serão, teoricamente, nossos representantes nas decisões a serem tomadas no comando do País. E para melhor nos representar eu vos apresento o meu candidato, o Zezin. 

Zezin é descendente de família tradicional da política: seu avô foi deputado, governador e atualmente é senador; seu pai é governador; seus tios são deputados... Sua legenda partidária, há década, comanda o Estado, repetindo os mesmos discursos. Mas, dessa vez será diferente, Zezin é o “cara”
 
Em sua campanha eleitoral ele não aceitará doações de empresas para que, futuramente, não tenha que defender os interesses delas; também não concordará com doações extraoficiais (caixa-dois); ele não promoverá festas em inaugurações de praças públicas nas cidades interioranas, bem como, não enviará dinheiro para cada “coronel”  dessas cidades objetivando comprar votos; Zezin também não usará os meios de comunicações de sua família (TV, rádio, jornais, revista ...) para divulgar seus discursos convincentes, feitos pelo próprio punho (ele acha o marketing político tão eloquente quanto fantasmagórico)

Se eleitor for (ele adora esta frase) Zezin será a fiel representação do povo que o elegeu, sendo atuante e presente: ele assistirá a todos as reuniões e sessões legislativas; apresentará projetos realizáveis; não se utilizará dos privilégios parlamentares; não usará cartões corporativos para custear viagens com a família ao exterior; não aceitará propinas e, tampouco influencia do seu partido nas decisões. Ele trabalhará, exclusivamente, para o povo.
 
Zezin não ver os eleitores como “rebanho de gado” e as cidades interioranas como “curral eleitoral”. Ele é um homem ético, nasceu para servir a sociedade, ele quer um país novo com a força do povo, uma nação a caminho da mudança. Enfim, vote no Zezin.


Marcello Silva. Fazenda Porção - Chaval/CE, 01 de março de 2014.

A Morte de José Adonias

Morreu no último dia 23 (fevereiro, 2014) aos 72 anos, José Adonias Rodrigues, residia em Oiticica, zona rural de Granja/CE. Morava com sua esposa Francisca, a qual debilitada de saúde, não pode socorrê-lo, quando ele teve um ataque cardíaco na noite de sábado. Adonias foi encontrado na manhã seguinte agonizando no quarto.


A morte de José Adonias não renderá capa na Revista Veja; não será matéria no Jornal Nacional, tampouco será documentário da CNN. Adonias não foi presidente, ditador, rei nem jogador de futebol; não escreveu livros; não foi inventor, ator... Não ganhou Nobel. José Adonias Rodrigues foi muleiro (moleiro) e sua vida não será contada nos livros de história


Quando as estradas eram, apenas veredas, ele surgia com seu lote de mulas, levantando poeira na terra batida. Trazia da Serra de tudo um pouco: rapadura, cachaça, coco, utensílio de couro e palha, etc. E levava daqui outros mantimentos: feijão, farinha, milho, etc.


Sua robustez era visível quando carregava ou descarregava suas mulas. Tinha um porte atlético invejável, barba feito, bigode aparado, chapéu country e sempre com sua afiada faca peixeira no cós da calça jeans. No entanto, também era perceptível seu lado cômico e hilário, quando ele narrava as histórias de suas andanças sertão adentro.


As histórias de José Adonias não serão reproduzidas e a vida dele não será tema de filme algum. Não deixou descendentes e em breve pouquíssimas pessoas lembrarão-se dele, não saberão da sua coragem, da sua força ou que fazia... Quem era. Ao ponto chegará a que seu túmulo cinzento nada representará.


Idas e vindas. Chegadas e partidas. A vida, em sua significância, cessará ao riso da morte. Paradoxo? Simetria? ‘Eis do pó e ao pó retornarás’





Marcello Silva. Fazenda Poção - Chaval/CE, 06 de março de 2014.


In memoriam José Adonias Rodrigues

terça-feira, 20 de maio de 2014

É possível transar com um amigo sem estragar a amizade? - Heloísa Noronha

Nos anos 70, ainda impregnadas pelo perfume hippie da década anterior, as pessoas se dispunham a experimentar diversas formas de se relacionar. Com isso, a gíria "amizade colorida" entrou na moda para se referir aos amigos que transavam estabelecer qualquer vínculo mais sério. O termo usado na época soa um tanto antiquado para os dias atuais, no entanto, fazer sexo com um amigo é algo cada vez mais comum – e aprovado por especialistas, que veem benefícios na prática.


"Trata-se de uma oportunidade de ter alguém de confiança para trocar carinhos e desfrutar momentos de intimidade mesmo não estando namorando", comenta Juliana Bonetti Simão, psicóloga especializada em sexualidade, de São Paulo (SP).

"Muitos homens e mulheres que viveram a experiência de uma 'amizade colorida' continuam a ser amigos, mesmo depois que o sexo acabou. Tudo vai depender de como cada um experimentou essa vivência. Há, inclusive, quem aprenda a se relacionar melhor em relacionamentos futuros", diz a sexóloga Carmen Janssen, de Vinhedo (SP), membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH).



domingo, 18 de maio de 2014

Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil


Observada, no Brasil, uma alarmante estatística associando bebidas alcoólicas a acidente de trânsito, fez surgir em 2008 a Lei Seca, numa tentativa de amenizar esse comportamento de beber e dirigir. Entretanto, passado alguns anos, quais efeitos da implantação dessa lei? E a sociedade, adaptou-se a ela?

Mediante a uma grande divulgação da Lei Seca em rádios, TVs, sites, jornais etc., evidenciando os benefícios que a população teria, obteve-se uma grande aceitação dessa lei pela sociedade brasileira. Campanhas educativas, desenvolvidas por entidades públicas e privadas, aliadas ao rigor legal da Lei Seca, fizeram com que diminuísse os acidentes de trânsito envolvendo motoristas alcoolizados. As estatísticas recentes comprovam essa redução, no entanto, ainda se tem muito a fazer para se ter um trânsito calmo com menos alcoolizados dirigindo automotores.  

Apesar da eficiência da lei, ainda é grande o números de acidentes de trânsito com condutores embriagados. Com frequência se ver, divulgada na mídia, casos cômicos de pessoas bêbadas ao volante, pondo em risco a vida de inúmeras pessoas.

Por mais rigorosa que seja uma lei ou eficientes as campanhas educativas, elas não surtirão efeitos desejáveis se não houver a conscientização da população. É fundamental a participação do Estado, mas o desejo de mudar esse cenário tem que partir de cada cidadão brasileiro.

Marcello Silva. Parnaíba/PI, 2014