terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Mãe, bicho estranho ...
(à Mª de Lourdes V. Silva)
Mãe...
Que bicho estranho é este,
Que sangra lágrimas nas madrugadas?
Que morre todo dia para dá vida à sua prole?
Suicida?
Deveras
De que matéria é constituída?
Parece concreto.
Irredutível rocha
Doce engano...
É maleável
Frágil cristal
Flor das serranias.
E, dizem, que seu colo possui a sinfonia dos anjos e querubins
E seus afagos, o cânticos dos deuses.
Marcello Silva
sábado, 6 de dezembro de 2014
Futebol amador – A inexplicável paixão
Quando trouxe o futebol para o Brasil, talvez Charles Miller não imaginasse a proporção que este esporte ganharia aqui em terras tupiniquins. Hoje, longe dos grandes palcos e espetáculos futebolísticos, este esporte tem função essencial na vida cotidiana dos brasileiros. Em cada terreno baldio, fundo de quintal, ruas, várzea... Enfim, tem alguém jogando bola, pelada, rachão etc.
Aqui, chuteira é artigo de luxo e o fardamento é a pele suada encoberta de poeira. Ou se joga no time A de camisa ou no time B sem camisa. A bola é só um detalhe, basta que seja uma esfera que role e se terá gente correndo atrás dela. Alguns detalhes são peculiares do futebol amador: dentre os quais poderemos citar que, aqueles que possuem melhor técnica e/ou habilidade são os primeiros a serem escolhido, quando se forma os times e os que não são tão íntimos da pelota (ruins mesmo..rs) vão quase sempre para o gol; quanto ao tempo em que se transcorre a partida, quem determina em sua maioria, é o ambiente natural: quando escurece ou o sol esquenta etc. Discussões fazem parte é mais um ingrediente nesta mistura. De vez em quando acontecem alguns “empurrõezinhos” para dá mais emoção, porém, logo se esfria os ânimos e a bola volta a rolar.
Longe dos salários milionários das estrelas desse esporte, aqui não se ganha nada financeiramente, exceto quanto se aposta refrigerantes e o time A venceu, mas chamou o time B para também “molhar a garganta”. Afinal, são todos vencedores.
E como explicar tal paixão? Como descrever ou compreender o porquê que crianças, no intervalo da aula, debandam no sol quente atrás de uma bola? Como um pai de família, depois de um dia exaustivo de trabalho, encontra ânimo para duelar com outros por uma esfera que rola saltitante em fuga?
O que faz 10, 20 ou 30 pessoas correrem atrás de uma única bola? Dirão os ‘entendidos’ que, ao praticar este esporte, o corpo humano libera a endorfina, o hormônio que nos dá sensação de prazer. Talvez.
Poeira, sol, lama, noite, chuva... Nada disto diminui esta paixão exacerbada do brasileiro pelo futebol amador. Agora, em algum canto desse Brasil de dimensões continentais, tem alguém reunindo os amigos para correrem atrás de uma bola.
“Bora marcar um joguinho pra sexta?”
Por Marcello Silva
Gotham City a beira do caos
Onde estão teus heróis Gotham City? Em qual dessas pedras teu Batman se esconde? O comissário Gordon se vendeu por uma secretaria em cargo comissionado e os vilões se multiplicam por teus logradouros. Emanam de tuas vias sanguessugas sem grandes poderes sobrenaturais, exceto o de desviar verbas públicas e sugar tuas veias.
O Coringa, com seu sorriso pérfido, agora persegue teu povo. Ele rir da ignorância (inocência ou medo) de tua gente. Mentirosas criaturas plantaram esperança e agora engendram medo. Enigmático final da charada que ninguém sabe. Quem vai rir por último? Porém, para responder essa indagação é necessário admitir que exista um fim. Será que haverá fim para tua angústia, Gotham City?
Tuas noites são mais longas e temerárias e teus dias mais exauridos e incertos. Trilhamos a beira do caos. Quem irá nos salvar? O Chapolin Colorado? Não, ele não faz parte do catálogo da DC Comics.
Enquanto Bruce Wayne se acovarda, os morcegos sanguinários (criaturas da noite) devoram teus sonhos e tuas esperanças, Gotham City. Para saber o que será de ti e de tua gente é necessário esperar o próximo capítulo deste filme insano e interminável.
Marcello Silva – 29/10/14
terça-feira, 4 de novembro de 2014
A participação dos jovens brasileiros na política
O filósofo grego Aristóteles já dizia que “o homem é um animal político” logo, entende-se que a política é algo indissociável da vida social do homem, quanto indivíduo munido de direitos e deveres convivendo em sociedade. Infelizmente, o termo “política” (do Grego: politikos, significa "de, para, ou relacionado com os cidadãos") está sendo limitado, apenas, ao processo eleitoral e a gestão dos administradores públicos. No entanto, a política engloba todas as ações cotidianas do cidadão que deve estar abastecido de uma consciência crítica para compreender suas obrigações e deveres em um Estado democrático de direito.
É perceptível, ao longo da história, a participação dos jovens na política brasileira. Desde os movimentos de luta pela independência, movimentos abolicionistas, passando pelos movimentos contra a ditadura, impeachment de presidente até às jornadas de junho do ano passado.
Hoje, no Brasil, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) são mais de 23 milhões de jovens com idade entre 16 e 24 anos, aptos a votarem. Isto representa cerca de 16 % do eleitorado brasileiro. Mas, a atual conjuntura política brasileira atrai a atenção dos jovens? E os jovens estão preparados para participar da política?
“Eles não nos representam” era um dos principais gritos da juventude que foi às ruas brasileiras nas manifestações de junho de 2013. Indignados ou alienados? É notório o alto fluxo de informações nos dias atuais com o advento da internet e redes sociais, porém, essa liberdade de informação pode ser prejudicial quando se assimila qualquer conteúdo disponibilizado por esses meios, sem a devida análise crítica. Se por um lado existem as grandes corporações jornalísticas (TV, rádio, jornais, revistas...) por outro lado a internet pode ser uma ‘terra-de-ninguém’ onde se fala tudo e de todos. É crucial os jovens estarem atentos às induções midiáticas, bem como, à eloquência do marketing político, para que não corram o risco de serem manipulados.
Os jovens já herdam dos adultos a ideia preconceituosa a respeito da política, fazendo associações negativas do tema com as falcatruas, troca de favores e conchavos. A minoria dessa juventude é participativa, discute e debate ideias e soluções política, enquanto a maioria assiste passivamente o desenrolar do enredo político nacional. Um dos argumentos que nutre essa passividade é o arcaísmo do jeito de se “politicar” no Brasil, com as velhas oligarquias políticas detendo o comando e o poder, se utilizando de ultrapassadas ideias e programas de governo repetidos.
Entretanto, a não participação dessa juventude nas elaborações e decisões de interesses públicos, dará continuidade a este atual sistema. Os jovens não tem que se limitarem somente ao ato de votar, este é apenas o ápice do direito (e dever) básico do cidadão. É preciso indagar, propor soluções e buscar alternativas, deixar de ser, apenas, um revoltado na frente do monitor e procurar angariar as mudanças almejadas para a política brasileira. Assim, esses jovens compreenderão que eles não são o futuro, mas o hoje, o agora do Brasil, como disse o pensador austríaco Peter Drucker: “A melhor maneira de prever o futuro é cria-lo”
Por Marcelo Silva
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Mistérios das noites interioranas
By Marcello Silva
outubro 22, 2014
Cordel, Mistérios das noite interioranas, Poema, Poesia
No comments
(Aos meus avós com suas historias lendarias...)
Quem és tu mistério da noite
Corpo caído face esguia
Que vaga triste e errante
Perambulante na noite fria?
Eis caipora assoviante
Rainha negra assustadora
Que das matas és dona
E dos animais domadora?
Eis o lobisomem peludo
Feroz fera fugidia
Encantado perigo das noites
Viajante das serranias?
Eis mula -sem –cabeça
De estranhos fogos acesos
Na noite és assustadora
Corredora leve sem peso?
Ou ainda queres ser
O saci ousado e brincalhão
Negrinho traquineiro
Prezepeiro da escuridão?
Eis alma penada
Vulto branco na negrura
Veloz e arrepiante
Penetrante na noite escura?
Ou eis o visão da meia noite
Com gemidos doloridos
Perseguidor dos andantes
E errantes perdidos?
Eis o irritante gritador
Condutor de um pesado caixão
Gritante na noite escura
A procura de um ‘respondão’?
Seja esse o que for
Enigmático mistério a bramir
Que agora vá embora
Sem demora pode ir
terça-feira, 26 de agosto de 2014
O Don Juan
O Don Juan nasceu antes mesmo de vir ao mundo, quando no sexto mês de gestação de sua progenitora, foi identificado seu sexo. O Pai
logo fez maior algazarra: “Esse vai ser macho igual ao pai”. Dalí em diante
todo tratamento e considerações de “macho” se dava a prole por vir: quarto
pintado de azul; carros de combate e tanques de guerras; bolas de futebol;
espadas... Coleção de Star Wars.
Quando foi para escola arranjou
“namoradinha”. Era o orgulho do pai: “esse é meu garoto”, “cuidado com suas
cabritas que meu bode está solto”, “é isso ai filhão”. Na telenovela ele via o
galã “pegando” várias garotas... Garotas. Garotas por todo canto, desde os
comerciais de cervejas às amantes de seu pai.
Seu pai podia ter várias
mulheres. Sua mãe só podia ter seu pai. Ficou confuso... Leu a bíblia: “... a
paixão vai arrastar você para o marido, e ele a dominará” (Gn 3,16); mesmo
casado com Rebeca Abraão tomou outra mulher chamada Cetura; por quatorze anos
de serviços Labão deu suas duas filhas, Raquel e Lia, a Jacó. (...)
Aos 13 anos, seu pai o levou a
boate da esquina e pagou a mais experiente prostituta. Afogaram sua inocência.
Ele gostou, voltou outras vezes. Adiante, conquistar era seu ofício. Ele sentia
necessidades de galantear, de provocar sorrisos, gracejos e arrepios na alma
feminina. Seu lema era “pegar e não se apegar”. Seu ego suplicava olhares
feminis, bocas entreabertas implorando beijos... Cheiro de pele. Na arte da
conquista, com seu olhar roubava inocências e incendiava corações; com sua
lábia eloquente persuadia meninas, mulheres e senhoras. Era apenas mais uma
para alimentar seu instinto de macho. Macho Alfa.
Prossegui sua busca tentando
provar para si mesmo que era possível conquistar mais. Ele destruiu namoros,
casamentos e causou intrigas. Conquistou mais... Mais.
Até que um dia se descuidou...
Apaixonou-se. Foi seu fim. Sentiu na pele a dor causada outrora. Chorou,
implorou e pediu amor. Recebeu migalhas...
Hoje é casado, pai de quatro
filhos e o mais fiel dos maridos.
Marcello Silva.
Chaval/CE - 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Teu cheiro
(á H.T)
Sinuosa menina
nesse dançar de pernas, bailo
no compasso dos teus passos
minhas ideias vacilam
Esmaeço nesse teu cheiro de fêmea
- de pele... Água de colônia -
Em teus braços sou pecador
Hereges...
Renasço... Revivo em teus beijos.
Marcello Silva. 04 de outubro de 2013.
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Anjo da Morte
Foi amor a primeira
vista. Reluzente como um anjo, ela sorriu ao vê-lo. Tinha um brilho
rubro como os lábios das mulheres do Bairro da Luz Vermelha. Seu
movimento ludibriante imitava o dançar das meninas do Moulin Rouge.
Entretanto, possuía a frieza típica de um serial killer.
Juntou dinheiro,
deu entrada e parcelou o restante em vinte vezes. Comprou sua assassina
em uma manhã fria de janeiro. Mal sabia ele que esta seria sua última
amante, seu amor derradeiro e o mais profano.
Enamoraram-se
durante meses numa paixão efervescida, comum em recém-casados.
Desbravaram a rotina e ingeriram estradas, rodovias, ruas ... Onde um
estava o outro se fazia presente. Galoparam mundo afora, era um Dom
Quixote em seu Rocinante. De tanta convivência, um era complemento do
outro, apesar da apatia dela
Era uma tarde
quente de julho quando saíram para seu último passeio. Ele feliz, ela
fria. Ela o excitou e ele concordou com a provocação e ambos voaram
sobre o asfalto... No segundo semáforo da avenida "xis", ela
inexplicavelmente, o lançou a um poste. Foi seu último contato... Seu
último adeus.
Ela a vinte metros dele permanecia fria, indiferente como um psicopata a observar o último suspiro de sua vítima. Assassina.
Marcello Silva, Parnaíba 2014.
sábado, 19 de julho de 2014
Mundo meu
Cresci de mãos dadas com a
natureza, entre o rio Ubatuba que passava no meu quintal e as carnaubeiras,
incontáveis, no meu terreiro.
Sou bicho do mato: jaguatirica
que foge caatinga adentro; sou caipora assobiante que assusta os caçadores em
noites escuras; sou tatu-bola adentrando a mãe terra.
Sou parte da caatinga que sofre
com a estiagem. Quando passa nosso período de inverno chega agosto com suas
ventanias fazendo redemoinhos nos pés de Imburana, arrastando folhas e
levantando poeira. Entretanto, basta chegar janeiro com suas chuvas torrenciais
para essa ‘mata branca’ virar uma festa: o verde ressurge com uma soberania
inenarrável e os sabiás, nas moitas de mofumbo, orquestram a sinfonia de cantos
da passarinhada.
Cresci vivenciando esses ciclos,
tomando banho de chuva, pulando no barreiro d’água e soltando ‘barquinhos’ na
grota que desaguava no rio. Cresci escalando os cajueiros, comendo pitombas e
ouvindo o cantar gótico da mãe da lua no alto do pau-d’arco se contrapondo aos
cantares festivos dos xexéus nas ateiras.
Esse é meu recanto. Pedaço do
paraíso. Aqui a felicidade descansa na sombra de um Juazeiro e de onde ouve o
sussurro do vento trazendo recados das terras distantes. Esse é meu Éden.
Marcello Silva e Dinna Silva. Fazenda Porção - 13/08/2012
terça-feira, 15 de julho de 2014
A dor que une
Sobre o caixão de um ente querido
Duas famílias se reencontram
Unidos pela dor...
Antigos insultos esquecidos
Velhas diferenças amenizadas.
As lágrimas de agora
Inundam as mágoas de outrora
Se abraçam como se nunca tivessem se renegados...
A cada aperto de mão;
Duas famílias se reencontram
Unidos pela dor...
Antigos insultos esquecidos
Velhas diferenças amenizadas.
As lágrimas de agora
Inundam as mágoas de outrora
Se abraçam como se nunca tivessem se renegados...
A cada aperto de mão;
A cada abraço;
A cada soluço... O passado se afogava.
- Poção - 130714 -
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Orgulho de ser brasileiro
Ser brasileiro
é tão complexo. Muito além de um campeonato de futebol ou simplesmente
de um jogo. Ser brasileiro é "coisa de alma" é se identificar com cada
pedacinho desse "brasilzão". Nossa gente, nossa cultura, nossa arte...
Únicos. Falamos português é uma ova! Falamos idioma Brasil (brasiliês, talvez...rs) É essa mistura gostosa que se ouve do norte ao sul; que se sente; que se ver de leste a oeste...
Quanto ao
futebol, meus pêsames! Vergonhoso espetáculo, ridículo até. Como nos
vangloriar de ser o pais do futebol e tomar um sacode daqueles?! Nem nos
quadrangulares la na Fazenda Porção acontece um negócio desse. Ja
pensou a matéria
no Blog Chavalzada: Porção perde de 7 a 1 para a Passagem. Não, isso
não. Ou ainda na pelada de fim de tarde la no salgado do Rapozal o time
do Wellington Magalhães dá 7 a 1 no time do Clécio Teles. Não pode,
seria chacota a semana inteira.
Adoro futebol, e foi dolorido torcer contra a seleção de futebol mas, ela nunca foi a minha pátria de chuteiras (desculpas
Nelson Rodrigues) minha pátria é maior, minha pátria é mais. Ser
brasileiro vai muito além de beijar o escudo da CBF. As vitórias dessa
seleção não me fizeram mais brasileiro, tampouco a derrota de ontem me
fez menos. Triste sim, pelo resultado obtido, fere a alma do amante de
futebol, sendo ele brasileiro.
Sim! Fui, sou e serei "brasileiro com muito orgulho e com muito amor"
Marcello Silva - Chaval/CE, 09 de julho de 2014
domingo, 29 de junho de 2014
Sophia Sant
Ou seria "a menina enigmática"?
Chega, entre lentes me olha rindo. Disfarça. Finjo não perceber...
Deixar está, senta...
Conversamos sobre tudo, desde os livros de John Green às teorias inacabadas de Newton.
Café esfria enquanto a observo... Sem olhar, percebo os movimentos de braços, o jeito ímpar de ajeitar os óculos. Cruza as pernas e me olha. Pareço alheio. Mas, só pareço...
No céu mostro-lhe a constelação "Cruzeiro do Sul" ou "Capricórnio" mas, o que tem as estrelas? a culpa não é delas (risos)
Sophia alterna entre risos e seriedade. Ora rir das minhas bobagens ou das delas, ora disserta sobre física quântica ou geopolítica...
Mistério...
Quem é Sophia Sant?
Ainda a ser desvendada...
Marcssilva - 29 de Junho de 2014
sábado, 28 de junho de 2014
À Sombra
Aqui á sombra da história, respiro
a tomar com Sócrates um chá
não sei se de hortelã ou cicuta.
É apaziguador está entre amigos
ver Newton adentrando suas teorias inacabadas;
ler de Drummond o poema que ele nunca escreveu;
discutir com Aristóteles quanto ás suas opiniões errôneas, ainda que ao findar da conversa, ele vença;
aplaudir as teorias platônicas do barbudo que descansa ali em frente;
È apaziguador está entre amigos,
presenciar, numa cadeira de balanço, Patativa declamar sua poesia popular
em contraste com Bilac sorridente a sua frente;
testemunhar na rede ao lado, Che Guevara descansando com sua boina ao peito, ainda
que Alexandre "O grande" saia pelo quintal gritando: "avançar" e ver Napoleão o acompanhar em seu cavalo de pau.
É apaziguador está entre amigos
notar que alheio ao barulho
Shakespeare tenta me dizer que não escreveu que a filosofia era vã, mas que foi erro de tradução;
deduzir que emana uma infinita paz de Gandhi em sua oração a chivas;
sentir olhares femininos pousando em mim
e por entre coqueiros verificar Joana D'arc surgir com uma lança afiada
ao passo que Cleópatra brinca com suas serpentes debaixo da minha rede;
sentir o afago de Dalila acariciando-me os cabelos... é apaziguador.
(...)
É apaziguador verificar que Da Vinci faz-me uma pintura
e se pergunto a ele quanto ao mistério de Monalisa, o porquê de tanta eloquencia,
bem sei que nada me responderá...
É apaziguador está entre amigos
mesmo que, de repente, adentrem a noite sem explicação alguma,
sumam misteriosamente sob a face da existência.
Marcello Silva. Chaval/CE, 0909
a tomar com Sócrates um chá
não sei se de hortelã ou cicuta.
É apaziguador está entre amigos
ver Newton adentrando suas teorias inacabadas;
ler de Drummond o poema que ele nunca escreveu;
discutir com Aristóteles quanto ás suas opiniões errôneas, ainda que ao findar da conversa, ele vença;
aplaudir as teorias platônicas do barbudo que descansa ali em frente;
È apaziguador está entre amigos,
presenciar, numa cadeira de balanço, Patativa declamar sua poesia popular
em contraste com Bilac sorridente a sua frente;
testemunhar na rede ao lado, Che Guevara descansando com sua boina ao peito, ainda
que Alexandre "O grande" saia pelo quintal gritando: "avançar" e ver Napoleão o acompanhar em seu cavalo de pau.
É apaziguador está entre amigos
notar que alheio ao barulho
Shakespeare tenta me dizer que não escreveu que a filosofia era vã, mas que foi erro de tradução;
deduzir que emana uma infinita paz de Gandhi em sua oração a chivas;
sentir olhares femininos pousando em mim
e por entre coqueiros verificar Joana D'arc surgir com uma lança afiada
ao passo que Cleópatra brinca com suas serpentes debaixo da minha rede;
sentir o afago de Dalila acariciando-me os cabelos... é apaziguador.
(...)
É apaziguador verificar que Da Vinci faz-me uma pintura
e se pergunto a ele quanto ao mistério de Monalisa, o porquê de tanta eloquencia,
bem sei que nada me responderá...
É apaziguador está entre amigos
mesmo que, de repente, adentrem a noite sem explicação alguma,
sumam misteriosamente sob a face da existência.
Marcello Silva. Chaval/CE, 0909
terça-feira, 17 de junho de 2014
Considerações sobre o texto de Bertold Brecht (Perguntas de um Operário Letrado)
Quem está
por trás dos grandes feitos e /ou acontecimento da História?
Cultuamos
os nomes dos grandes “homens”. A história nos ensina a associar um fato (acontecimento) a uma rosto (nome). Logo,
a história continua seu curso tendo um único timoneiro ao comando, mas, não é a
força braçal que a move? Quem são esses remadores? Que faces esses possuem?
Quais seus nomes? Em que diário de bordo foi descritas suas características? Suas
bravuras?
Para que
os grandes nomes edificassem, no alto, as sua glórias, houve um alicerce
moldurado por anônimos. Essa base edificada que a correnteza do tempo levou.
Quem foram (são) eles? Indagamos curiosos enquanto a história continua a passar
como um rio caudaloso que nunca desagua.
Ficaremos
assistindo o passar das águas ou faremos uma jangada? (rs)
Marcello Silva. PHB, 2014
quinta-feira, 5 de junho de 2014
A obra completa de Mozart para download
O site Mozart Weltweit disponibilizou para download legal e para audição
on-line, toda a obra do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart,
composta por cerca de 700 peças, totalizando mais de 180 horas de
música. Mozart foi o mais importante e prolífico compositor do período
clássico. Suas obras são referenciais na música sinfônica, concertante,
operística, coral, pianística e de câmara. Mozart compôs o primeiro
concerto aos 11 anos de idade e o último em 1791, ano de sua morte, aos
35 anos.
Entre suas obras estão 41 sinfonias;
19 missas (incluindo o Requiem); 27 concertos para piano; concertos para
trompas, flauta, oboé, clarineta, fagote e harpa, 12 árias de concerto;
13 serenatas; 50 canções para voz e piano e 24 óperas, com destaque
para “A Flauta Mágica” “Idomeneo”, “Don Giovanni” “O Rapto do Serralho”
“Cosi Fan Tutte” e “As Bodas de Fígaro”. Para fazer o Download basta
clicar sobre a opção desejada, com o botão direto do mouse pressionado, e
mandar salvar.
terça-feira, 3 de junho de 2014
Homenagem a Fco Thiago Gomes de Sá
Eu não sabia que
Thiago morreria aos 21 anos de idade quando entramos pela primeira vez
na UFPI tão silenciosos. Se eu soubesse teríamos feito maior algazarra
gritando aos quatro ventos: "Nós somos calouros, cadê os tais trotes?"
Eu não sabia que
ele morreria aos 21, quando pegamos a fila do RU (Restaurante
Universitário) e o porteiro desconfiou se nós éramos, de fato,
universitário. Se eu soubesse não teria ficado calado, observado Thiago
convencendo o porteiro. Eu teria entrando na conversa e teria contado a
última piada de Chico Anysio e rido junto com eles... Gargalhado.
Eu não sabia que
ele morreria aos 21 anos de idade quando inventamos uma dancinha
"esquisita" e Welligton Magalhães apelidou de "dancinha da gazela".
Quando ele atravessou a Avenida São Sebastião dançando a tal. Se eu
soubesse... teria dançado com ele. De lá ate hoje so atravessaríamos
aquela avenida no ritmo da "dancinha"
Eu não sabia que
Thiago Gomes morreria aos 21, quando viajávamos de carro de Chaval à
Parnaíba e ele nos contava suas peripécias ou nos concedia entrevistas
mirabolantes. Se eu soubesse teria rido mais, pedido mais... que o
caminho se alongasse mais...
Eu não sabia que
ele morreria tão jovem quando nos falava que ainda sentiríamos orgulho
de um doutorado dele. Se eu soubesse eu não teria rido.
Se eu soubesse que
Francisco Thiago Gomes de Sá morreria aos 21 anos de idade eu não teria
me afastado tanto. Ter ficado só em "oi" "olá" ou numa piada de vez em
quando.
Se eu soubesse ...
Marcelo Silva. Parnaíba, 02 de junho de 2014
quinta-feira, 29 de maio de 2014
É o que é
Sento no poema como numa cadeira de balanço,
degusto o aroma da tarde
e as revoadas dos pássaros cegos
Longe do que vejo
coisas acontecem
porem, o que importa pois, o acontecer
das coisas?
Como o estreito e apressado córrego que passa,
a vida passa
sem me dizer quem sou ou o porquê de se
indagar tudo isso.
O que é o poema?
O que é a tarde?
A coisa..
O que é a vida?
Texto: Marcello Silva
Foto: Porto das Barcas. Parnaíba/PI
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Nostalgia
Entrou devagarzinho
Sem pedir licença
alguma
Trouxe-me teus
sussurros
E a suavidade daquele
último beijo.
Expulsou-me de mim
E com a minha alma fez
seu casulo
Marcello Silva - PHB 2014
Meios de camunicações X Verdades
Hoje, com o advento da globalização, os meios de comunicações são extremamente importantes
para o desenvolvimento cultural da sociedade moderna, com rapidez em
informações diversas, tornando o mundo em uma “ilha global”. Entretanto,
será que esses meios informativos dizem a verdade? Querem de fato,
informar e promover a cultura veridicamente
Nem
tudo que é dito ou escrito é verdade, há contido, muitas vezes, uma
massa de interesse nas informações transmitidas. Os grandes veículos de
informações são patrimônios privados e como tais precisam de lucros para
se manterem. Nesse constante jogo de interesse e troca de favores, a
verdade pode ser distorcida, resumida ou mal interpretada, passando à
sociedade a visão de apenas um indivíduo ou grupo social sobre um
determinado assunto ou acontecimento.
Alguns
meios de comunicação se apegam a coisas desnecessárias ou ditas imorais
aos costumes da sociedade, somente porque tais coisas dão mais publico e
consequentemente mais lucro.
A
televisão, assim como a internet, tem um grande poder persuasivo sobre
seus respectivos públicos, ajudando-os ou manipulando-os na formação de
suas opiniões, fazendo com que eles sigam o modelo ditado pela mídia.
Assim
a mídia vende seus produtos; divulga suas teses; elege seus políticos e
dita a moda do consumismo em um eloqüente jogo de marketing que
impinotiza os indivíduos. Entretanto, devemos ter consciência crítica
sobre as informações repassadas e o poder de decisão sobre o que devemos
e o que queremos absorver para nossa formação cultural, intelectual e
pessoal.
Enfim, vote no Zezin
2014 é ano de eleições nacionais
e nesta festa da “democracia” brasileira serão eleitos deputados(as),
governadores(as), senadores(as) e um(a) presidente, os quais serão,
teoricamente, nossos representantes nas decisões a serem tomadas no comando do
País. E para melhor nos representar eu vos apresento o meu candidato, o Zezin.
Zezin é descendente de família tradicional da política: seu avô foi deputado, governador e atualmente é senador; seu pai é governador; seus tios são deputados... Sua legenda partidária, há década, comanda o Estado, repetindo os mesmos discursos. Mas, dessa vez será diferente, Zezin é o “cara”
Em sua campanha eleitoral ele não
aceitará doações de empresas para que, futuramente, não tenha que defender os
interesses delas; também não concordará com doações extraoficiais (caixa-dois);
ele não promoverá festas em inaugurações de praças públicas nas cidades
interioranas, bem como, não enviará dinheiro para cada “coronel” dessas cidades objetivando comprar votos;
Zezin também não usará os meios de comunicações de sua família (TV, rádio,
jornais, revista ...) para divulgar seus discursos convincentes, feitos pelo
próprio punho (ele acha o marketing político tão eloquente quanto
fantasmagórico)
Se eleitor for (ele adora esta frase) Zezin será a fiel representação do povo que o elegeu, sendo atuante e presente: ele assistirá a todos as reuniões e sessões legislativas; apresentará projetos realizáveis; não se utilizará dos privilégios parlamentares; não usará cartões corporativos para custear viagens com a família ao exterior; não aceitará propinas e, tampouco influencia do seu partido nas decisões. Ele trabalhará, exclusivamente, para o povo.
Zezin não ver os eleitores como
“rebanho de gado” e as cidades interioranas como “curral eleitoral”. Ele é um
homem ético, nasceu para servir a sociedade, ele quer um país novo com a força
do povo, uma nação a caminho da mudança. Enfim, vote no Zezin.
Marcello Silva.
Fazenda Porção - Chaval/CE, 01 de março de 2014.
A Morte de José Adonias
Morreu no último dia 23
(fevereiro, 2014) aos 72 anos, José Adonias Rodrigues, residia em Oiticica,
zona rural de Granja/CE. Morava com sua esposa Francisca, a qual debilitada de
saúde, não pode socorrê-lo, quando ele teve um ataque cardíaco na noite de
sábado. Adonias foi encontrado na manhã seguinte agonizando no quarto.
A morte de José Adonias não
renderá capa na Revista Veja; não
será matéria no Jornal Nacional,
tampouco será documentário da CNN.
Adonias não foi presidente, ditador, rei nem jogador de futebol; não escreveu
livros; não foi inventor, ator... Não ganhou Nobel. José Adonias Rodrigues foi
muleiro (moleiro) e sua vida não será contada nos livros de história
Quando as estradas eram, apenas
veredas, ele surgia com seu lote de mulas, levantando poeira na terra batida.
Trazia da Serra de tudo um pouco: rapadura, cachaça, coco, utensílio de couro e
palha, etc. E levava daqui outros mantimentos: feijão, farinha, milho, etc.
Sua robustez era visível quando
carregava ou descarregava suas mulas. Tinha um porte atlético invejável, barba
feito, bigode aparado, chapéu country
e sempre com sua afiada faca peixeira no cós da calça jeans. No entanto, também era perceptível seu lado cômico e
hilário, quando ele narrava as histórias de suas andanças sertão adentro.
As histórias de José Adonias não
serão reproduzidas e a vida dele não será tema de filme algum. Não deixou
descendentes e em breve pouquíssimas pessoas lembrarão-se dele, não saberão da
sua coragem, da sua força ou que fazia... Quem era. Ao ponto chegará a que seu
túmulo cinzento nada representará.
Idas e vindas. Chegadas e
partidas. A vida, em sua significância, cessará ao riso da morte. Paradoxo?
Simetria? ‘Eis do pó e ao pó retornarás’
Marcello Silva.
Fazenda Poção - Chaval/CE, 06 de março de 2014.
In memoriam José
Adonias Rodrigues
terça-feira, 20 de maio de 2014
É possível transar com um amigo sem estragar a amizade? - Heloísa Noronha
By Marcello Silva
maio 20, 2014
Amizade Colorida, Artigo, Heloísa Noronha, Opinião, Relacionamento
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Nos anos 70, ainda impregnadas pelo perfume hippie da década
anterior, as pessoas se dispunham a experimentar diversas formas de se
relacionar. Com isso, a gíria "amizade colorida" entrou na moda para se
referir aos amigos que transavam estabelecer qualquer vínculo mais
sério. O termo usado na época soa um tanto antiquado para os dias
atuais, no entanto, fazer sexo com um amigo é algo cada vez mais comum –
e aprovado por especialistas, que veem benefícios na prática.
"Trata-se de uma oportunidade de ter alguém de confiança para trocar
carinhos e desfrutar momentos de intimidade mesmo não estando
namorando", comenta Juliana Bonetti Simão, psicóloga especializada em
sexualidade, de São Paulo (SP).
"Muitos homens e mulheres que viveram a experiência de uma 'amizade
colorida' continuam a ser amigos, mesmo depois que o sexo acabou. Tudo
vai depender de como cada um experimentou essa vivência. Há, inclusive,
quem aprenda a se relacionar melhor em relacionamentos futuros", diz a
sexóloga Carmen Janssen, de Vinhedo (SP), membro da Sociedade Brasileira
de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH).
domingo, 18 de maio de 2014
Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil
Observada, no Brasil, uma alarmante estatística associando bebidas
alcoólicas a acidente de trânsito, fez surgir em 2008 a Lei Seca, numa
tentativa de amenizar esse comportamento de beber e dirigir. Entretanto,
passado alguns anos, quais efeitos da implantação dessa lei? E a sociedade,
adaptou-se a ela?
Mediante a uma grande divulgação da Lei Seca em rádios, TVs, sites,
jornais etc., evidenciando os benefícios que a população teria, obteve-se uma
grande aceitação dessa lei pela sociedade brasileira. Campanhas educativas,
desenvolvidas por entidades públicas e privadas, aliadas ao rigor legal da Lei
Seca, fizeram com que diminuísse os acidentes de trânsito envolvendo
motoristas alcoolizados. As estatísticas recentes comprovam essa redução, no
entanto, ainda se tem muito a fazer para se ter um trânsito calmo com menos
alcoolizados dirigindo automotores.
Apesar da eficiência da lei, ainda é
grande o números de acidentes de trânsito com condutores embriagados.
Com frequência se ver, divulgada na
mídia, casos cômicos de pessoas bêbadas ao volante, pondo em risco a
vida de
inúmeras pessoas.
Por mais rigorosa que seja uma lei ou eficientes as campanhas educativas,
elas não surtirão efeitos desejáveis se não houver a conscientização da
população. É fundamental a participação do Estado, mas o desejo de mudar esse
cenário tem que partir de cada cidadão brasileiro.
Marcello Silva. Parnaíba/PI, 2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
A Nelson Rodrigues
Se vivo fosse, o dramaturgo e
cronista Nelson Rodrigues, completaria em 2014, 102 anos de idade. Na crônica “O grande sol do escrete” publicada em
1970, Nelson Rodrigues citou o poeta Rainer Maria Rilke para afirmar o “que
chamamos glória é a soma de mal-entendidos em torno de um homem e de uma obra”.
Parecia antecipar o próprio epitáfio. Nelson foi e é criticado e aclamado por
sua obra.
Dentre a vasta obra
“rodriguiana”, Nelson Rodrigues ganhou notoriedade como cronista esportivo. Lendo
suas crônicas em “A sombra das chuteiras
imortais” e na “A pátria em chuteiras”,
fica visível, quase gritante a sua paixão por futebol, especificamente o
futebol nacional e em especial a seleção brasileira. Era de um patriotismo
futebolístico excepcional e imensurável ao ponto de afirmar que a seleção
brasileira de futebol era a pátria em cauções e chuteiras ou que “A Primeira Missa, de Portinari, é
inexata. Aqueles índios de biquine, o umbigo á mostra, não deviam estar na
tela, ou por outra: - podiam estar, mas de calções, chuteiras e camisas
amarelas”.
Tempo bom o seu, caro Nelson.
Onde o futebol era arte, era puro, quase divino. À tua época desfilaram os
maiores craques da história do nosso futebol. De fato, encantamos o mundo com
nossa arte, garra e ginga futebolística. Porém, com o tempo muita coisa mudou:
hoje, o futebol tem novas faces, novo interesses; nossos jogadores já não jogam
por amor à camisa, se tornaram estrelas comerciais e milionárias; nossa seleção
virou moeda de troca de interesses pessoais. A política se infiltrou no nosso
futebol e a corrupção manchou nosso brilho. O futebol em si, se tornou
conceitual, jogar bonito virou exceção, ofensa, quase um sacrilégio, onde essa
arte é interpretada como falta de respeito ao adversário, levando nossos
craques a serem caçados em campo como uma jaguatirica nas matas brasileiras.
Fico imaginando quão imensurável
seria tua alegria, senhor Rodrigues, com esse mundial de futebol aqui no
Brasil. O futebol de volta para casa, o filho pródigo dos terrenos baldios. Há
hora mais oportuna e feliz para um patriota que ama futebol? Deveras. Esse
mundial, com seus gastos exorbitantes, vem na hora errada. Torna-se ridícula a
realização desse evento mediante as urgentes necessidades básicas dos
brasileiros. Temos outras prioridades: temos ‘Garrinchas’ morrendo em
corredores de hospitais; temos ‘Pelés’ sem trabalho morando debaixo de
viadutos; temos ‘Fredes’ e ‘Neymares’ sem escola pedindo esmola nos semáforos
ou assaltando á mão armada. Há ‘Antônios’, ‘Marias’ e ‘Terezas’ esperançando
dias melhores. Tão quanto circo eles querem pão.
Apesar dos contrários e
incertezas, o brasileiro é um otimista. Nunca ouvir falar de um povo tão forte.
Ele acredita no futebol, na seleção e, principalmente, na pátria Brasil. Tenho que
concordar com Sr. Nelson Rodrigues: “... homem brasileiro, que é sim, o maior
do mundo. Hoje, o Brasil tem a potencialidade criadora de uma nação de
napoleões”
Marcello Silva. Chaval/CE, abril
2014