sábado, 19 de julho de 2014
Mundo meu
Cresci de mãos dadas com a
natureza, entre o rio Ubatuba que passava no meu quintal e as carnaubeiras,
incontáveis, no meu terreiro.
Sou bicho do mato: jaguatirica
que foge caatinga adentro; sou caipora assobiante que assusta os caçadores em
noites escuras; sou tatu-bola adentrando a mãe terra.
Sou parte da caatinga que sofre
com a estiagem. Quando passa nosso período de inverno chega agosto com suas
ventanias fazendo redemoinhos nos pés de Imburana, arrastando folhas e
levantando poeira. Entretanto, basta chegar janeiro com suas chuvas torrenciais
para essa ‘mata branca’ virar uma festa: o verde ressurge com uma soberania
inenarrável e os sabiás, nas moitas de mofumbo, orquestram a sinfonia de cantos
da passarinhada.
Cresci vivenciando esses ciclos,
tomando banho de chuva, pulando no barreiro d’água e soltando ‘barquinhos’ na
grota que desaguava no rio. Cresci escalando os cajueiros, comendo pitombas e
ouvindo o cantar gótico da mãe da lua no alto do pau-d’arco se contrapondo aos
cantares festivos dos xexéus nas ateiras.
Esse é meu recanto. Pedaço do
paraíso. Aqui a felicidade descansa na sombra de um Juazeiro e de onde ouve o
sussurro do vento trazendo recados das terras distantes. Esse é meu Éden.
Marcello Silva e Dinna Silva. Fazenda Porção - 13/08/2012
terça-feira, 15 de julho de 2014
A dor que une
Sobre o caixão de um ente querido
Duas famílias se reencontram
Unidos pela dor...
Antigos insultos esquecidos
Velhas diferenças amenizadas.
As lágrimas de agora
Inundam as mágoas de outrora
Se abraçam como se nunca tivessem se renegados...
A cada aperto de mão;
Duas famílias se reencontram
Unidos pela dor...
Antigos insultos esquecidos
Velhas diferenças amenizadas.
As lágrimas de agora
Inundam as mágoas de outrora
Se abraçam como se nunca tivessem se renegados...
A cada aperto de mão;
A cada abraço;
A cada soluço... O passado se afogava.
- Poção - 130714 -
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Orgulho de ser brasileiro
Ser brasileiro
é tão complexo. Muito além de um campeonato de futebol ou simplesmente
de um jogo. Ser brasileiro é "coisa de alma" é se identificar com cada
pedacinho desse "brasilzão". Nossa gente, nossa cultura, nossa arte...
Únicos. Falamos português é uma ova! Falamos idioma Brasil (brasiliês, talvez...rs) É essa mistura gostosa que se ouve do norte ao sul; que se sente; que se ver de leste a oeste...
Quanto ao
futebol, meus pêsames! Vergonhoso espetáculo, ridículo até. Como nos
vangloriar de ser o pais do futebol e tomar um sacode daqueles?! Nem nos
quadrangulares la na Fazenda Porção acontece um negócio desse. Ja
pensou a matéria
no Blog Chavalzada: Porção perde de 7 a 1 para a Passagem. Não, isso
não. Ou ainda na pelada de fim de tarde la no salgado do Rapozal o time
do Wellington Magalhães dá 7 a 1 no time do Clécio Teles. Não pode,
seria chacota a semana inteira.
Adoro futebol, e foi dolorido torcer contra a seleção de futebol mas, ela nunca foi a minha pátria de chuteiras (desculpas
Nelson Rodrigues) minha pátria é maior, minha pátria é mais. Ser
brasileiro vai muito além de beijar o escudo da CBF. As vitórias dessa
seleção não me fizeram mais brasileiro, tampouco a derrota de ontem me
fez menos. Triste sim, pelo resultado obtido, fere a alma do amante de
futebol, sendo ele brasileiro.
Sim! Fui, sou e serei "brasileiro com muito orgulho e com muito amor"
Marcello Silva - Chaval/CE, 09 de julho de 2014