O escritor chavalense Marcello Silva, autor dos livros Homo Cactus e O Pescador, foi premiado no Estado de São Paulo com seu poema inédito "Andarilhos". Na cidade de Pindamonhangaba foi selecionado para XIV Festipoema 2020. Na cidade de Presidente Prudente foi selecionado no XIII CLIPP- Concurso Literário Ruth Campos. E por fim, foi o 2º colocado no IV edição do Concurso Literário Abrace um Autor do Instituto Federal de São Paulo, campus São Paulo.
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Marcello Silva é premiado em São Paulo.
O escritor chavalense Marcello Silva, autor dos livros Homo Cactus e O Pescador, foi premiado no Estado de São Paulo com seu poema inédito "Andarilhos". Na cidade de Pindamonhangaba foi selecionado para XIV Festipoema 2020. Na cidade de Presidente Prudente foi selecionado no XIII CLIPP- Concurso Literário Ruth Campos. E por fim, foi o 2º colocado no IV edição do Concurso Literário Abrace um Autor do Instituto Federal de São Paulo, campus São Paulo.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
Atevaldo Rodrigues | O homem que fotografa infinitos
Saudade e nostalgia de um tempo pretérito tatuado nas lembranças do poeta Atevaldo Rodrigues e ao mesmo tempo, visões futurísticas mapeadas com o sabor e o cheiro que só a poesia é capaz de ofertar a um homem. O Eu lírico de “Onde Termina o Infinito” é um menino sem camisa, calça surrada, de estilingue na mão, sentado em uma pedra à beira de um açude, observando o passar da vida interiorana, simultaneamente, é um homem de face fria chorando metáforas à noite sem estrelas. “A dor que nasce é tão funda / A alma quase se esvai” diz ele.
Os
poemas são em versos livres e ritmos poéticos variados. Ora são curtos como
coices e outras vezes, são ritmados com um solo de saxofone. As metáforas são
ricas e apaziguadoras à alma-leitora que sonha e vibra a cada verso.
A
simplicidade das metáforas e intimidade do poeta com as coisas simples da vida,
o amor a família e amigos... são, sem dúvidas, a maior riqueza desta obra que
provoca o leitor a reflexão sobre a essência da vida, o quão mágico e divino é
o instante: saudade para quem viveu e curiosidade para aquele que ainda pode
viver cada pedaço de vida imortalizado na poética do autor. Através destas
metáforas, percebemos a dimensão de cada fração de segundo ao lado dos pais,
irmãos, amores, casa, chão, cheiro de vó... Café.
Atevaldo
fotografa infinito toda vez que escreve. Este lugar metalinguístico é onde
reside todas as versões do poeta, do menino e homem. Lá na morada do fim, o
poeta tem carta branca e um banco de madeira tal qual no café do Cazuza em
Chaval, e ele é rei de suas metáforas, lembranças, saudades e com elas, o poeta
brinca de criador de mundos paralelos.
“Onde
Termina o Infinito” mora toda alma do poeta Atevaldo. Os poemas são convites a
viajar a multidimensões oníricas, mas reais e talvez até cruas. Algumas
metáforas são lâminas afiadas e quando menos esperamos, estamos sangrando como
o poeta ao escrevê-las. Os poemas desta obra descrevem a cidade natal com suas
pessoas, cheiros, gostos e trejeitos bucólicos típicos; fala das coisas
desimportantes a olho nu e de valor imensurável; descreve o abstrato
existencial que atormenta todo ser pensante neste plano: o que é o amor? Existe
a morte? E Deus?.
Caro leitor, se tu leres esta obra e não chorar em alguma parte dela, desconfiarei da tua humanidade. “Onde termina o infinito” é uma dose poética necessária para nos manter vivo e compreender a importância dos sonhos, das utopias e das saudades.