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sábado, 19 de fevereiro de 2022

Semana de 22 | O romper de uma aurora.

 


A semana de Arte Moderna, ocorrida entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922 em São Paulo, foi um grito artístico que até hoje, cem anos depois, ainda o ouvimos. Que rompeu com a “estética artística” da burguesia europeia e deu liberdade às mais variadas manifestações de arte.

O que seria de nós, hoje, sem esse rompimento de outrora? Subserviente ainda ao crivo europeu de fazer, ver e sentir a arte? Mas o que é arte? O que é literatura? O que é poesia? Mato a paulada (metaforicamente) aquele/ela que tenta definir e, secamente, limitar em palavra ou gesto essa coisa que vai além. Parafraseando Mario Quintana, que a arte/poesia não se entregue a quem a definir.

O romper da aurora tupiniquim que é um clarão que liberta, mas também incomoda a elite, o tradicional, o conservador preso a idade média das ideias.

Salve Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, Menotti Del Picchia, Victor Brecheret, Heitor Villa-Lobos, dentre outro e tantos pela proposta transformadora da visão artística brasileira a partir de uma estética mais voltada aos aspectos nacionais, evocando assim, o entusiasmo a brasilidade na arte e substituindo o academicismo pela livre expressão modernista.

Salve, nova aurora. Liberdade é o nosso nome, ontem, hoje e além!

 

SILVA, Marcello.

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