A semana de
Arte Moderna, ocorrida entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922 em São Paulo,
foi um grito artístico que até hoje, cem anos depois, ainda o ouvimos. Que
rompeu com a “estética artística” da burguesia europeia e deu liberdade às mais
variadas manifestações de arte.
O que seria
de nós, hoje, sem esse rompimento de outrora? Subserviente ainda ao crivo europeu
de fazer, ver e sentir a arte? Mas o que é arte? O que é literatura? O que é
poesia? Mato a paulada (metaforicamente) aquele/ela que tenta definir e,
secamente, limitar em palavra ou gesto essa coisa que vai além. Parafraseando
Mario Quintana, que a arte/poesia não se entregue a quem a definir.
O romper da
aurora tupiniquim que é um clarão que liberta, mas também incomoda a elite, o
tradicional, o conservador preso a idade média das ideias.
Salve Anita
Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, Menotti Del
Picchia, Victor Brecheret, Heitor Villa-Lobos, dentre outro e tantos pela
proposta transformadora da visão artística brasileira a partir de uma estética
mais voltada aos aspectos nacionais, evocando assim, o entusiasmo a brasilidade
na arte e substituindo o academicismo pela livre expressão modernista.
Salve, nova aurora. Liberdade é o
nosso nome, ontem, hoje e além!
SILVA, Marcello.
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