quinta-feira, 25 de maio de 2017

Poema | Morre tardinha, morre.


O dia morre lento
No morro ali atrás
É levado leve pelo vento
E sugado cada vez mais

Morre tardinha morre
Vem ninar em meus braços…

As mulheres passam vazias
Numa ligeira passagem
Cheias de confusões e melancolias
Como doces e alegres miragens

Morre tardinha morre
Vem ninar em meus braços…

Passou Florine, passou
Cheia de charme e melodia
Cantou uma música, cantou
E deixou meu coração numa euforia

Morre tardinha morre
Vem ninar em meus braços…

Passaram Camilas sorridentes
Como lindos anjos perdidos
Passaram Marias inocentes
De olhares sem sentidos

Morre tardinha morre
Vem ninar em meus braços…

Ficam as ilusões alheias
Guardadas no meu armário
A trade é fria e feia
E o dia necessário

Morre tardinha, morre
No morro ali atrás
E vem ninar em meus braços
Vem. Vem cada vez mais.


COPYRIGHT © 2017 MARCELLO SILVA

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